terça-feira, 2 de junho de 2009

A "Melhor Marca"

Num dos últimos assuntos abordados no GBA - Grupo Balonismo Artístico, o da “Melhor Marca” de balões gerou uma repercussão impressionante.

E vai lá a minha a respeito:
Há deficiências sim, em praticamente todos os balões das marcas nacionais que utilizamos. Por enquanto, seria inconseqüente e inverossímil dizer que existe determinado balão que atingiu a excelência em qualidade.

Com o avanço tecnológico e a informação mantida em tempo real, os fabricantes se vêem preocupados em se atualizar e atender as nossas expectativas consumistas, se levarmos em conta que anos atrás não dispúnhamos de quase nada além do tipo 260.
Mas ainda falta um longo caminho a percorrer, pois alguns pontos geográficos do Brasil estão completamente desassistidos, gerando consumidores insatisfeitos. Nesses lugares, mal se encontra o balão de "combate".

A "Melhor Marca" de balões será justamente aquela que chegar primeiro em cada um desses alvos e não deixar faltar, no mínimo, o básico do que necessitamos. E também aquela que apostar nos projetos de profissionalização existentes hoje em dia.

Assim como no exterior, em breve qualquer dona de casa saberá distinguir um balão da linha profissional do de “combate” e acertadamente se decidirá, assim como já fazemos, pela 1ª opção. Ah! E procurarão adquirir os equipamentos e acessórios que hoje ainda são privilégio de poucos. Os termos profissionais, como “cluster”, “guirlanda de seção quadrada” ou “SDS” serão corriqueiros no dia-a-dia das pessoas comuns.

Aguardem e verão a "Melhor Marca" de balões exposta em outdoors pelas ruas das principais cidades e/ou disputando a ponta da gôndola dos hipermercados.

Por estar em uma região brasileira que sofre com a falta do que está disponibilizado ao mercado profissional pela indústria do setor, compreendo e sou solidário com o que muitos reclamam da distribuição escassa de produtos, como foi colocado pelo participante João Zuculotto. E ele também está correto, quando cita o comportamento dos profissionais que, de alguma maneira, são beneficiados pela indústria e sentem-se constrangidos de darem o seu testemunho verdadeiro para não prejudicarem seus acordos.

Acabo entrando no rol, pois já tive um dos maiores patrocínios viabilizados por um fabricante nacional (São Roque) e, posteriormente, firmei contrato de uso de imagem e assessoria, com a Riberball/Pic-Pic. Atualmente, mantenho parcerias comerciais isoladas, mas crescentes, com outro grande da indústria, a Art-Latex, numa relação aberta e amistosa.

No entanto, não posso opinar quanto aos meus colegas, mas quanto a mim, fortaleço a minha imagem justamente para valorizar o meu “passe” e deixando claro que ao firmar qualquer acordo não posso me isentar dos meus princípios éticos e profissionais, principalmente como formador de opinião, do qual tenho consciência que sou, colaborando justamente com os interesses dos que realmente ajudam a alavancar o mercado, ou seja, os profissionais (decoradores, artistas e demais consumidores de balões). Ao mesmo tempo, existe a necessidade de realizar o que imaginam (e me pagam!) para que eu faça – Atrelar a minha imagem à sua marca e produtos e ser seu porta-voz, mesmo por tempo determinado.


Pelo menos até agora, fui compreendido por todos com quem fechei tais acordos e afirmo que respeitaram meu posicionamento.
Nunca fui pressionado a dar falso testemunho e os relatos que redigi ou as situações que foram evidenciadas sempre ocorreram e agi por iniciativa própria.

Ser autêntico não significa conflitar e sim deixar claro nosso posicionamento.

Inclusive, se encontro ambientes favoráveis e estou sendo patrocinado ou apoiado, nada mais justo do que utilizar mecanismo para favorecer quem investe na minha imagem. As contrapartidas devem existir. Nunca somente um pode ganhar. Isso faz parte de qualquer atividade onde a visibilidade de alguém pode gerar retorno comercial para outro.

A meu ver, o que deve ocorrer é RECIPROCIDADE, PROFISSIONALISMO e RESPEITO.

Para nós, profissionais e consumidores, creio que devemos ser um pouco menos instigantes na procura do erro ou falhas e se as detectarmos, apontá-las de forma consciente e coerente.

Se a indústria entender nossas críticas como algo positivo, fatalmente crescerá e melhorará.
No fundo, verdadeiramente, o momento é de alianças entre nós – aliança quase de amigos, tão sinceros que se houver uma crítica dura, mas com a intenção de ajudar, que seja assimilada e processada, gerando resultados positivos, pois amigo de verdade acata a crítica ou a opinião contrária do outro sem titubear, sabendo que é para o seu bem.

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